Celebrar a mulher negra, em fim-de-semana de Mercado Afrolink

Julho aproxima-se com mais um fim-de-semana de Mercado Afrolink em Lisboa: no sábado, 1, estaremos no Goethe-Institut, das 10h às 17h, e no domingo, 2, no espaço P.R.A.Ç.A., no Mercado do Rato. O próximo mês traz também uma dupla celebração feminina: o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha (25 de Julho), e o Dia da Mulher Africana (31 de Julho), inspiração para o próxima sessão literária promovida pelo O Lado Negro da Força, no âmbito do ciclo “Conversas por Fazer”, a decorrer no Jardim do Goethe-Institut. Convidado para se juntar à comemoração, o INMUNE – Instituto da Mulher Negra, representado pela antropóloga Fabiana Leonel de Castro, propõe o livro “Quarto de despejo – diário de uma favelada”, de Carolina Maria de Jesus, obra que nos vai guiar por uma reflexão sobre especificidades da condição feminina. Para acompanhar no sábado, 1, das 15h às 16h30. Tudo com entrada livre.

Texto por Afrolink

Fotos de Sara Matos

Em época estival, o Mercado Afrolink estende a sua morada ao Goethe-Institut, onde monta banca no próximo sábado, 1, das 10h às 17h. A nova localização junta-se à residência habitual, no Rato, que no domingo, 2, também está de portas abertas, das 12h às 19h.

Assim, o primeiro fim-de-semana de cada mês reserva – pelo menos até Setembro – uma dupla oportunidade de encontro com a rede de empreendedores que, desde 2021, dá vida ao Mercado Afrolink.
Para quem ainda não conhece, a iniciativa junta dezenas de empreendedores afroportugueses, africanos e afrodescendentes, com projectos nas mais variadas áreas de negócio.

A oferta de produtos inclui criações de arte, peças de vestuário exclusivas, confeccionadas com panos africanos, artigos de joalharia, produtos de beleza, bonecas de pano, livros e atracções gastronómicas.

A extensão de morada do Mercado Afrolink para o Goethe-Institut acompanha a presença d’ O Lado Negro da Força no espaço, com o ciclo “Conversas por Fazer”, que acontece sempre ao primeiro sábado de cada mês.

Para Julho, a proposta LNF traz mais uma sessão literária, desta vez em alusão ao Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha (25) e ao Dia da Mulher Africana (31). A dupla celebração dá o mote para uma conversa a partir das páginas do livro  “Quarto de despejo – diário de uma favelada”, de Carolina Maria de Jesus, obra proposta pelo INMUNE – Instituto da Mulher Negra, que será representado pela antropóloga Fabiana Leonel de Castro. 

A leitura acontece no próximo sábado, 1, das 15h às 16h, e promete guiar-nos por uma reflexão sobre especificidades da condição feminina.

De recordar que “Quarto de despejo – diário de uma favelada” foi publicado pela primeira vez no Brasil em 1960, e proibido em Portugal pelo regime fascista de Salazar. A obra em apreciação “provocou um abalo sísmico no sistema literário”, lê-se na contracapa da edição portuguesa, onde se explica a fonte dessa agitação:  o livro “Foi capaz de traduzir em acto um princípio da autora: ‘Na minha opinião escreve quem quer’”. A entrada é livre.