Celebrar a vida e o legado de Amílcar Cabral em palco, com Ângelo Torres

A peça “Amílcar Geração”, interpretada por Ângelo Torres, é apresentada no Centro Cultural Cabo Verde, em Lisboa, no próximo sábado, 20, dia em que se assinalam 51 anos do assassinato de Amílcar Cabral. Com início às 16h30, o espectáculo é descrito como um monólogo dramático, cujo tema é a vida e o legado do líder histórico. “A premissa central é a ideia de que confluem em Amílcar Cabral dois homens – um, a quem chamamos ‘Cabral’ e um outro a quem chamamos ‘Amílcar’”, adianta-se na sinopse da obra. A diferença é estabelecida: “Cabral é o homem que sistemática e cientificamente levou a cabo um plano magistral para a independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde. Amílcar é o homem terreno, que se apaixonou por uma transmontana, que estudou engenharia agrónoma, que se confrontou com a miséria em Cabo Verde, em Portugal e na Guiné-Bissau, que gostava de jogar futebol e de conversar”. Uma história que promete continuar a subir aos palcos neste 2024, ano em que se assinala o centenário do nascimento do herói das nossas lutas de libertação. A entrada é livre. Vamos!

Texto por Afrolink

Fotos de Queila Fernandes

As perguntas, apresentadas de seguida, antecipam uma proposta: convidamos todas e todos a descobrir Amílcar Cabral. “Quem é este homem que ainda hoje é preciso explicar? Quem é esta pessoa?
Como seriam as suas rugas? Que expressões ostentaria? Mágoa? Desgosto? Espanto?”.

Dos questionamentos surgem interpelações que evocam a voz do líder histórico: “Porque é que não me conheces? Porque é que ainda não me conheces? Sabes de que é feita a tua liberdade? É feita de sacrifício …É feita de luta …E de sangue …O meu e o dos teus …”.

As respostas ensaiam-se a partir da acção de “Amílcar Geração”, monólogo interpretado por Ângelo Torres, e que será apresentado no próximo sábado, 20, dia em que se cumprem 51 anos desde o assassinato do herói das lutas de libertação.

O momento acontece no Centro Cultural Cabo Verde, em Lisboa, às 16h30.

O espectáculo esteve no final de 2022 no Teatro Municipal Amélia Rey Colaço, em Algés, depois de ter sido apresentada no Seixal, e também em São Tomé e Príncipe e em Cabo Verde.

Escrito e encenado por Guilherme Mendonça, o monólogo pretende colocar em palco “um retrato e uma reflexão sobre o impacto da sua vida e pensamento nas gerações que o seguiram”.

Segundo introduz a sinopse da obra, Cabral surge na peça como “o homem que sistemática e cientificamente levou a cabo um plano magistral para a independência de dois países”, enquanto Amílcar é “o homem terreno, que se apaixonou por uma transmontana, que estudou engenharia agrónoma, que se confrontou com a miséria em Cabo Verde, em Portugal e em Angola, e que gostava de jogar futebol”.

Assassinado a 20 de Janeiro de 1973, em Conacri, Amílcar Cabral foi considerado o segundo maior líder mundial de todos os tempos, numa lista elaborada por historiadores para a BBC. Se fosse vivo, este ano completaria um século de vida.

Celebramos o seu legado, recordando algumas das lições que nos deixou: “A hora é de acção, não de palavras”.