Da branquitude à luta anti-racista, o Festival Feminista que nos dá que falar

A Casa do Brasil acolhe na próxima sexta-feira, 1 de Abril, a partir das 20h, um debate sobre a luta anti-racista em Portugal, promovido pelo Festival Feminista de Lisboa. O encontro, antecedido por uma reflexão online sobre branquitude, marcada para a noite de amanhã, junta à conversa Carla Fernandes, fundadora do áudio-blogue Afrolis, e a socióloga Cristina Roldão. Para acompanhar presencialmente, e com acesso livre.

por Afrolink

Que avanços observamos na luta anti-racista em Portugal? E quais os principais desafios? Estas e outras questões servem de mote para o encontro que, na próxima sexta-feira, 1, junta à conversa Carla Fernandes, fundadora do áudio-blogue Afrolis, e a socióloga Cristina Roldão.

Com moderação de Marília Gonçalves e acesso livre, a discussão é promovida pelo Festival Feminista de Lisboa, e acontece na Casa do Brasil, a partir das 20h.

“É verdade que Portugal ainda nega seu racismo e se orgulha do passado colonial. É verdade também que ganham mais força, expressão e tamanho movimentos que historicamente resistem neste país. É sobre isso que vamos conversar neste encontro”, antecipa a organização.

Os promotores da iniciativa defendem ainda que o impacto do racismo está cada vez mais em evidência, devido “à luta histórica de muitos militantes, pesquisadores e movimentos sociais em Portugal que se têm esforçado para pautar esses temas em diferentes plataformas – política, mediática, comunitária”.

Antes dessa reflexão sobre as consequências da discriminação racial, o Festival Feminista de Lisboa propõe debruçar-se sobre os mecanismos que sustentam a sua reprodução.

“Que privilégios estão associados à produção e manutenção do racismo? Quem se beneficia deste processo? Como se dá a racialização de pessoas brancas?”. O questionamento está na base de uma discussão sobre branquitude, marcada para amanhã à noite, às 21h, em formato online. Com a presença da psicóloga social Lia Vainer Schucman, e a moderação de Gabriella Morena e Marília Gonçalves.

Refira-se que o Festival Feminista de Lisboa “tem como missão ser inclusivo, intersecional, intercultural, anti-fascista, anti-racista e anti-capitalista”.