Desde o berço a embalar para o palco, Kizua Gourgel é composição musical

A arte está-lhe nos genes: filho de dois músicos, Kizua Gourgel cresceu entre pautas, concertos e gravações. Primeiro na sua Angola natal, no compasso das criações do pai, Beto Gourgel, e depois em Portugal, destino de emigração onde, aos 13 anos, compôs a primeira canção. No regresso a Luanda, retomou a ligação ao grupo coral “Patinhos”, que integrou na infância, e que reencontrou já como “Gingas do Maculusso”. Foi nesta formação que gravou os primeiros álbuns, antes de seguir a carreira a solo, abrilhantada por vários prémios. Actualmente a viver em Portugal, o músico angolano junta-se esta noite ao Lado Negro da Força.

por Afrolink

Kizua Gourgel nasceu, cresceu e amadurece na música. Natural de Luanda, com raízes finlandesas, do lado materno, e angolanas, do lado paterno, Kizua compôs a sua assinatura artística entre múltiplas inspirações. 

A colectânea de influências, conta o músico, beneficiou, a par das referências da terra, das vivências britânicas da mãe, que o iniciou nas sonoridades de bandas como “Dire Straits”, “Beatles”, “Queen” ou Bee Gees”. 

Num repertório de ritmos sem fronteiras, Portugal trouxe-lhe, entre meados dos anos 80 e início dos 90, a aproximação do rock. 

“Na época em que vivia no Porto, eu e os meus amigos criámos uma banda sem nome, ocasião em que levei para casa uma guitarra do meu amigo Ricardo, com a qual inventei três notas musicais. Neste processo, criei uma afeição pelo instrumento, e a minha mãe comprou, acto contínuo, uma guitarra”, recordou Kizua, em entrevista ao Jornal de Angola. 

Numa viagem por essa e outras lembranças, o luandense contou ainda, à mesma publicação, que “a ideia de compor surgiu de forma instintiva”, o que significa que “para determinada sonoridade extraída da guitarra”, as palavras iam surgindo de modo espontâneo. “Foi assim que escrevi a minha primeira canção”, disse Kizua, já sem memória das notas que compuseram ‘Princesa’”. 

Muitos outros acordes se seguiram, e, no regresso a Angola, o músico retomou a ligação ao grupo coral “Patinhos”, que tinha integrado na infância, e que reencontrou já como “Gingas do Maculusso”. 

Foi nessa formação que gravou os primeiros álbuns, antes de seguir a carreira a solo, abrilhantada por vários prémios. Deste palmarés fazem parte, entre outras conquistas, a vitória no Festival da Canção da LAC, Luanda Antena Comercial, com a canção “Tetembwa ya mwenhu uami”; o primeiro lugar no “Top Rádio Luanda”; ou o Prémio Balada do ano, com a canção “Depois do Fim”. 

Actualmente a viver em Portugal, o músico angolano junta-se esta noite ao Lado Negro da Força. 

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