Texto por Afrolink

Foto de capa de Libânia Fernandes* 

O fim-de-semana reserva-nos várias oportunidades para celebrarmos Dia Internacional da Mulher Africana, data que se assinala a 31 de Julho, e que entrou para o calendário em 1962, durante a Conferência das Mulheres Africanas.

Seis décadas depois, a comemoração está finalmente a despontar em Portugal, por força da crescente capacidade de mobilização de grupos e associações da sociedade civil.

Pioneira desse esforço impulsionador, a Padema – Plataforma para o Desenvolvimento das Mulheres Africanas realiza no sábado e no domingo, dias 30 e 31 de Julho, a VI edição da FAMA – Feira da Mulher Africana.

Com debates, apresentações literárias e musicais, artesanato, oferta gastronómica e tantas outras atracções, o evento acontece das 11h às 20h na Casa Pia de Lisboa, situada no Restelo.

O programa de actividades está centrado no tema da Migração no Feminino – Desafios da Actualidade, mote para uma conversa moderada pela deputada Romualda Fernandes, com a presença da ex-ministra da Justiça Francisca Van Dunem.

Destacamos também, dentro da Feira, uma banca de livros do projecto editorial Falas Afrikanas, que, indo ao encontro da temática, é dedicada a autoras africanas e afrodescendentes com experiência de migração.

A par da FAMA como espaço de celebração do Dia da Mulher Africana, a agenda comemorativa inclui a primeira concentração alusiva à data – com a participação de artistas e escritoras africanas e de ascendência africana –, marcada para domingo, 31, às 17h, no Largo São Domingos, no Rossio.

Esta é uma iniciativa do grupo informal Mulheres Imigrantes em Portugal dos PALOP, e está a ser concretizada em conjunto com outras associações e grupos de sociedade civil, como o Coletivo X, a Djass- Associação de Afrodescendentes e a UMAR- União de Mulheres Alternativa e Resposta.

Igualmente a 31 de Julho, data que o Governo de Cabo Verde instituiu como Dia Nacional do Batuku, o grupo Batukadeiras Bandeirinha da Boba leva o seu habitual ensaio de domingo para o Parque Central da Amadora, momento que inicia às 16h e que agrega uma roda de conversa.

“Vamos aproveitar o convívio para organizar um lanche participativo, onde cada um traz o que pode ou quiser”, apela a Associação Cavaleiros de São Brás, promotora da iniciativa.

Os convites estão lançados. Celebremos!

*INMUNE – Instituto da Mulher Negra em Portugal