“Irmã Marginal-Sister Outsider” – a obra canónica de Audre Lorde em Portugal

O Hangar — Centro de Investigação Artística acolhe hoje, 9, às 19h, o lançamento do livro “Irmã Marginal – Sister Outsider”, que dá início à publicação da obra de Audre Lorde em Portugal, pela Orfeu Negro. Traduzida por Gisela Casimiro, que também assina o prefácio, a novidade literária será apresentada pela autora, a que se juntam Alexandra Santos, activista queer e anti-racista, e Rita Cássia, antropóloga, artista e activista. A entrada é livre. Vamos!

por Afrolink

Lançada em 1984, e com mais de 60 edições em vários países e línguas, “Sister Outsider”, a obra canónica de Audre Lorde, que reúne textos produzidos ao longo de quase uma década, está finalmente publicada em Portugal.

Traduzida pela escritora, artista, performer e activista Gisela Casimiro, que também assina o prefácio, a novidade literária, com o título “Irmã Marginal – Sister Outsider”, vai ser apresentada hoje, 9, às 19h, no Hangar — Centro de Investigação Artística.

O momento marca o início da publicação, pela Orfeu Negro, da obra de Audre Lorde, poeta norte-americana, negra, lésbica, mãe, feminista e activista.

Segundo se lê na página da editora, “Irmã Marginal está profundamente enraizada na experiência de viver à margem de uma «norma mítica» branca, magra, masculina, jovem e heterossexual”., centrado-se na ressignificação da noção de diferença, não como algo a tolerar, mas a reconhecer plenamente enquanto força humana dinâmica, criativa e enriquecedora”.

Nesta obra, “ao expressar esta diferença articulando as categorias de raça, classe, idade, género e sexualidade, Lorde instiga-nos a quebrar silêncios, transformando-os em linguagem e acção”.

Ao mesmo tempo, sublinha a Orfeu, “Irmã Marginal – Sister Outsider”, “deixa uma marca profunda no pensamento feminista e um legado hoje mais relevante que nunca, servindo-se da potência que há na raiva, do poder do erotismo e da poesia como território de resistência”.

A entrada para o lançamento da obra é livre,  e, além da presença de Gisela Casimira vai contar com as participações de Alexandra Santos, activista queer e anti-racista, e Rita Cássia, antropóloga, artista e activista.