Júlia M. Tavares faz do jornalismo ferramenta contra a discriminação
por Afrolink
Quis ser escritora, e também imaginou profissionalizar-se nos palcos, quer como pianista, quer como actriz. Mas na altura de escolher o curso universitário, Júlia M. Tavares optou pela licenciatura em Ciências da Comunicação.
Filha de mãe cabo-verdiana e pai guineense, hoje trabalha como jornalista, apresentando-se como alguém que “escreve e procura saber, sobretudo, sobre as histórias que dão vida às ruas de Lisboa”.
O interesse pelo ir e vir que marca o dia-a-dia na capital portuguesa cumpre-se desde 2021, ano em que se mudou de Braga, cidade de nascimento e crescimento.
Já em Lisboa, a jornalista foi uma das duas seleccionadas para integrar o programa de estágios lançado pelo jornal Público, para trazer maior diversidade étnico-racial às redacções portuguesas.
A experiência, vivida no ano passado, foi ao encontro das políticas de inclusão que defende: “Identificar e reconhecer que as redacções portuguesas apresentam falta de diversidade é uma medida necessária no combate à discriminação”, disse, aquando da passagem pelo Público.
Comprometida com a disseminação de novas narrativas, actuamente Júlia assume o papel editora-chefe da Rádio Afrolis, “projecto de informação digital que visa mudar a percepção da realidade sobre as mulheres negras e racializadas em Portugal e no mundo”.
A partir das 21h, há muito mais para saber n’ O Lado Negro da Força.