Inteligência artificial: a tecnologia do controle em foco no Black Excellence

Depois de uma semana de pausa, o Black Excellence Talk Series regressa esta noite ao ecrã da RTP África, com uma discussão em torno de uma evidência: a tecnologia tem contribuído para reproduzir e amplificar preconceitos, nomeadamente raciais. De que forma? Vamos saber, poucos minutos depois das 21h30, na RTP África.

Convidadas e host, a partir do topo e da esquerda: Bianca Kremer, Nina da Hora, Mariah Rafaela Silva e Juliana Wahlgren

por Afrolink

Desengane-se que confiou à tecnologia a missão de mitigar o erro humano, em todas as frentes. Se é inegável que as máquinas podem facilitar tarefas rotineiras, e optimizar alguns resultados, permitindo poupar tempo, não é menos evidente que transportam inúmeros efeitos perversos.

Hoje sabemos que a Inteligência Artificial (IA) é reconhecida por reproduzir e amplificar os preconceitos dos seres humanos, servindo de ferramenta para disseminar, no universo online, o racismo e a discriminação que encontramos no quotidiano offline.

A partir desta constatação, de que a tecnologia não é neutra, o Black Excellence Talk Series de hoje vai identificar desafios e oportunidades futuras para se combater o uso desenfreado da IA, explorando as áreas que precisam de mais pesquisas ou de maiores intervenções para a proteção dos direitos fundamentais digitais.

Avançamos para o debate sobre “Inteligência artificial: a tecnologia do controle”, com a condução da host Juliana Wahlgren, e as presenças da advogada Bianca Kremer, da doutora em Comunicação Mariah Rafaela Silva, e da especialista em computação Nina Da Hora.

Em comum o nosso painel tem não apenas um portfólio de pesquisas sobre as diferentes dimensões da inteligência artificial, como também o envolvimento em vários projectos para assegurar a diminuição do impacto desproporcional dos algoritmos em comunidades marginalizadas.

O debate começa poucos minutos depois das 21h30, na RTP África, com repetição no sábado, às 19h15.

Até lá, conheça um pouco das convidadas:

Bianca Kremer

Advogada, professora e pesquisadora em Direito e Tecnologia, com atuação em Teoria do Direito Privado, pensamento afrodiaspórico e decolonialidade. Move-se nas áreas de Direito Civil, Privacidade e Proteção de Dados, Direito Digital, Ética & Inteligência Artificial e Propriedade Intelectual.

Mariah Rafaela Silva

Doutora em Comunicação, formada em História da Arte e possui mestrado em História, Teoria e Crítica da Cultura. Mariah também atua em projetos sociais, e está vinculada ao Grupo Conexão G de Cidadania LGBT de favelas, localizado na favela da Maré. É ainda co-autora do relatório “RECONHECIMENTO FACIAL NO SETOR PÚBLICO E IDENTIDADES TRANS: tecnopolíticas de controle e ameaça à diversidade de gênero em suas interseccionalidades de raça, classe e território”, redigido em colaboração com a Coding Rights.

Nina Da Hora

Cientista da Computação com formação adicional no Programa Apple Developer Academy. Atualmente desenvolve pesquisa de investigação de vieses nos algoritmos de reconhecimento facial. Faz parte do Conselho Consultivo de Segurança do TikTok e é Colunista da Revista MIT Technology Review Brasil e da Gizmodo. Também é divulgadora científica no podcast Ogunhê, onde compartilha realizações de cientistas negros. É ainda pesquisadora de Tecnologias Criativas e Novas metodologias de ensino, e presidente do Ramo Estudantil IEEE na PUCRio.

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