“Ninguém é ingénuo diante do racismo” – Ensino e Relações Raciais em foco

A Universidade Federal do Sul da Bahia, no Brasil, realiza, de 26 a 28 de Agosto, o III Seminário Regional de Ensino e Relações Étnico-Raciais, centrado na “Ancestralidade e resistência dos povos afro-indígenas”. O evento, online e grátis, está a recolher propostas de comunicação até à próxima segunda-feira, 10, e vai contar com a participação do Grupo Educar, plataforma de educadores anti-racistas que actua em Portugal.

“É preciso superar a epistemologia colonial”. Com este repto, o professor Gersem Baniwa, graduado em Filosofia e mestre e doutorado em Antropologia, vai abrir o III Seminário Regional de Ensino e Relações Étnico-Raciais, a realizar de 26 a 28 de Agosto, na Universidade Federal do Sul da Bahia, no Brasil.

O evento conta com a participação do Grupo Educar, plataforma de educadores anti-racistas que actua em Portugal, presente na coordenação de um dos 21 simpósios temáticos aprovados, intitulado “Cultura, Comunidade, Consciência e Corpo. A desobediência como prática de liberdade”.

As inscrições para apresentação de comunicações orais a incluir nos diferentes grupos de discussão estão abertas até à próxima segunda-feira, 10, informa o Grupo Educar, no Instagram, adiantando que “serão apreciadas tanto pesquisas realizadas e em andamento como – e principalmente – relatos de experiências individuais e colectivas”.

A plataforma convida “todas, todes e todos a participarem deste espaço de partilha e produção de conhecimento, voltado para pensar e repensar a Educação Anti-racista não escolar, comunidade como escola, educação do/pelo corpo, cultura como respiração e desobediência como alternativa”.

O programa pode ser consultado aqui, vai decorrer sob o lema “Ancestralidade e resistência dos povos afro-indígenas” e poderá ser acompanhado pelo YouTube, através de um canal especialmente criado para o efeito. As novidades do evento também podem ser seguidas pelo Instagram.

Além do mote para a abertura – “É preciso superar a epistemologia colonial” – o seminário reserva-nos palestras e rodas de conversas, cabendo o encerramento à professora Nilma Lino Gomes, pedagoga, mestra em Educação, doutorada em Antropologia Social e pós-doutorada em Sociologia. A especialista antecipa, com a sua intervenção, a seguinte consideração final: “Ninguém é ingénuo diante do racismo”. O debate prossegue dentro de momentos.