Nova edição do livro “Um Preto Muito Português” apresentada em Lisboa

A Fnac do Chiado, em Lisboa, recebe amanhã, 13, às 18h30, o lançamento da nova edição do livro “Um Preto Muito Português”, da autoria de Telma Tvon, rapper, activista e escritora. Com apresentação da professora Inocência Mata e do investigador Luca Fazzini, a obra, editada pela Quetzal Editores, dá-nos a conhecer a história de Budjurra, filhos de cabo-verdianos nascido em Lisboa, mas nunca considerado português, guiando-nos na sua luta “contra a invisibilidade”. Para ler. E aprender!

por Afrolink

Depois da primeira edição, lançada no final de 2017, o livro “Um Preto Muito”, da rapper, activista e escritora Telma Tvon, ganha agora uma nova edição, com a chancela da Quetzal Editores.

Já disponível para compra online, a obra é apresentada amanhã, às 18h30, na Fnac Chiado, no Colombo, pela professora Inocência Mata e o investigador Luca Fazzini, numa sessão com a presença da autora.

Esta é uma oportunidade para conhecermos Budjurra, protagonista da história, descrito como um “lisboeta negro, português, filho de cabo-verdianos que vivem há muito em Portugal”.

“Vive em Lisboa, mas não é considerado alfacinha”, lemos na sinopse, que nos introduz à jornada de “luta contra a invisibilidade” travada pelo personagem principal.

“Budjurra faz parte de uma minoria que, lentamente, vai sendo cada vez menos minoria. É um preto português, muito português, que, ao longo do livro e das aventuras que relata, levanta questões relativamente a temas como racismo, discriminação, estereótipos, igualdade e humanidade, mas também música, rap, identidade – numa Lisboa morena e colorida que é necessário conhecer: ‘Posso dizer, sem qualquer orgulho, que sou um homem estranho. Tão estranho como a minha alma. […] E assim como os anos e meses fluem no meu espírito bom e impotente, continuo apenas mais um preto muito português’.”.

Licenciado, trabalhador em call center, “Budjurra mostra-nos como se vive por dentro da invisibilidade da comunidade africana, como se lida com as narrativas falsas que a envolvem, como se sobrevive aos preconceitos e ao esquecimento”.

Para ler. E aprender!