O 25 de Abril começou em África – vamos saber o que custou a liberdade?

Onde acaba a História de Portugal e começa a História dos territórios colonizados? Quanto sangue foi preciso derramar em África para se marchar a liberdade em Portugal? Na véspera do 47.º aniversário da chamada Revolução dos Cravos, celebramos com uma certeza: “O 25 de Abril começou em África”.

por Afrolink

“Nos livros de História é contada a história de um 25 de Abril que começa em Portugal, e que se dá de forma pacífica”. A narrativa, lembra o movimento Brigada Estudantil, “traduz a negação de um passado colonial e o silenciamento de povos africanos”.

Com esta consciência, o movimento defende que “é preciso que sejamos capazes de compreender e aceitar, no meio académico, a dimensão anti-colonial do 25 de Abril, como forma de descolonizar o ensino e a nossa memória colectiva”.

Enquanto essa transformação não chega, a Brigada não esmorece: “Foi graças à luta incansável dos povos colonizados que foi levada a cabo a Revolução dos Cravos”.

A indissociabilidade da resistência africana e do golpe português dá o mote para o primeiro episódio da nova rubrica da Brigada Estudantil, intitulada “Peço a Palavra” e produzida em formato Podcast.

Com o tema “O 25 de Abril começou em África”, a discussão vai acontecer amanhã, a partir das 15h, e pode ser seguida gratuitamente, no Facebook e no Instagram.

O debate contará com a presença da artista multidisciplinar Sofia Yala, cuja história podemos conhecer melhor no Afrolink; do historiador José Pereira, um dos responsáveis pela re-edição do jornal “O Negro”; e ainda de João Carvalho, estudante de Agronomia no Instituto Politécnico de Beja.

Juntos, os três “irão compartilhar a sua visão sobre a temática, a partir do trabalho activista e associativista que fazem diariamente”.

Para acompanhar no Facebook e no Instagram.