O passado colonial português às voltas de uma cabeça de marfim

No palco do Teatro do Bairro Alto, em Lisboa, até à próxima quinta-feira, 17, a peça “A Minha Cabeça” “retrata o espólio colonialista de uma família no pós-25 de Abril, no regresso a Portugal”. Encenada por Carla Bolito, que também integra o elenco – extensível a Daniel Martinho e Kimberley Ribeiro –, o espectáculo conta ainda com a assinatura do criador moçambicano Venâncio Calisto, tal como Carla, co-autor do texto. A não perder!

Texto por Afrolink

Foto de Alípio Padilha

Que passado, ou passados, transporta uma cabeça esculpida em marfim? Aquela que está a ser para aqui chamada foi disparando, ao longo dos anos, múltiplos pensamentos em Carla Bolito. Mas, conta actriz encenadora, antes de saber verbalizar esses pensamentos “já os silenciava, já os ocultava ou disfarçava, acreditando que talvez assim desaparecessem para sempre…”.

Essas deambulações do espírito e da mente estão agora vertidas na peça “A minha cabeça”, em cartaz no Teatro do Bairro Alto, em Lisboa, até à próxima quinta-feira, 17.

O espectáculo “retrata o espólio colonialista de uma família no pós-25 de Abril, no regresso a Portugal”,  e  é encenado por Carla, que também integra o elenco, composto ainda por Daniel Martinho e Kimberley Ribeiro.

A acção gira em torno de um “um busto de marfim – uma presa de elefante esculpida em forma de cabeça”, antecipa a sinopse da peça, escrito por Carla Bolito em co-autoria com o criador moçambicano Venâncio Calisto.

No encalço do “rasto do marfim que providenciou os recursos económicos desta família no regresso a Portugal, confrontam-se narrativas do passado e do presente”.

Para seguir até 17 de Março, à excepção de segunda-feira. E Sempre às 19h30.

 

Compre aqui o seu bilhete para assistir à peça “A minha cabeça”