“Olha pra elas”: mulheres, negras, mães, pobres, com poucos estudos e reclusas
por Afrolink
O Brasil tem a terceira maior população prisional feminina do mundo, realidade que o documentário “Olha pra elas” retrata, a partir de histórias reais “em que são gritantes a questão de género; a feminilização da pobreza; a situação de abandono no cárcere; a dura realidade de crianças que vivem com a mãe na prisão e, principalmente, a desestruturação destas famílias”.
Focado na temática do encarceramento das mulheres, o filme evidencia como a maioria das reclusas brasileiras são “pobres, negras ou pardas e com baixa escolaridade”, assinalando que “o mais impactante é que dois terços são mães, e 57% têm mais do que um filho”.
Igualmente revelante é o facto de muitas delas serem as únicas responsáveis pelo sustento da família.
O filme traz as assinaturas dos realizadores Tatiana Sager e Renato Dornelles, e conta ainda com a co-autoria, produção e edição de Luca Alverdi.
Os três criadores vão estar presentes numa num cinedebate, que se seguirá à projeção do documentário e que será emitida em directo pelo canal do YouTube da Falange Produções, associação cívica de profissionais de comunicação social e cinema que nasceu em 2019 na cidade brasileira de Porto Alegre.
A conversa será ainda integrada por Dália Costa, professora no ISCSP – Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, entidade co-promotora desta sessão especial, a par da Falange Produções, da Cabiria Productions, e da associação Interviver.
Tudo para acompanhar hoje, 13, a partir das 18h, no Museu das Comunicações.
Morada: Rua do Instituto Industrial 16, 1200-225 Lisboa