Racismo e assédio sexual na “lei” dos professores da Faculdade de Direito de Lx

Trinta e um docentes da faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, correspondentes a 10% do total de professores e assistentes da instituição, são acusados de assédio moral e sexual, sexismo, xenofobia racismo, xenofobia e homofobia. A lista de “práticas reiteradas”, no mínimo condenáveis e no limite criminosas, resulta de uma iniciativa de auscultação que decorreu de 14 a 25 de Março e que reuniu 70 denúncias, das quais 50 foram consideradas relevantes. O caso, divulgado pelo jornal Diário de Notícias, vai estar em análise mais logo no Lado Negro da Força.

por Afrolink

“Repetir sistematicamente observações sugestivas, piadas ou comentários sobre a aparência ou condição sexual; realizar telefonemas, enviar cartas, mensagens ou e-mails indesejados, com texto ou imagens, de carácter sexual, de forma expressa ou insinuada; promover o contacto físico intencional e não solicitado, ou excessivo, ou provocar abordagens físicas desnecessárias; enviar convites persistentes para participação em programas sociais ou lúdicos, quando a pessoa visada demonstrou que o convite é indesejado”. Para além disso, “apresentar convites e pedidos de favores sexuais associados a promessa de obtenção de vantagens académicas ou profissionais, podendo esta relação ser expressa e directa ou insinuada)”.

A lista de “práticas reiteradas”, no mínimo condenáveis e no limite criminosas, foi avançada pelo jornal Diário de Notícias (DN), e resulta de uma iniciativa de auscultação lançada pelo Conselho Pedagógico da faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, realizada de 14 a 25 de Março.

No final desses 11 dias, adianta o DN, foram recolhidas 70 denúncias, das quais 50 foram consideradas relevantes, e envolvem 29 casos de assédio moral e 22 de assédio sexual; oito práticas discriminatórias de sexismo, cinco de xenofobia/racismo e uma de homofobia.

Embora preocupantes e chocantes, os relatos estão longe de surpreender, conforme referiu ao DN  Catarina Preto, presidente da Associação Académica da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

“Veio ao encontro do que já sabia – aliás mesmo se não tive acesso ao nome dos professores consegui identificar alguns por conhecimento de casos – embora algumas peripécias específicas me tenham chocado. De acordo com as conversas que tenho com outras associações, isto acontece em todas as faculdades, numas mais e noutras menos”.

O caso vai estar em análise mais logo n’ O Lado Negro da Força.

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