Vânia Silva lança o Oniki, para que “cada mulher se sinta representada e inspirada”

Filha de moçambicanos nascida em Portugal, Vânia Silva cresceu com as “dores” da falta de representatividade negra. “Durante a minha infância e adolescência senti uma enorme lacuna de mulheres como ‘eu’ na televisão, em cargos de destaque ou em profissões como medicina ou advocacia”, conta ao Afrolink. Hoje com 30 anos, a agente de navegação procura dar resposta  às adversidades que encontrou através do projecto Oniki, criado para “promover o networking e o empoderamento de mulheres africanas e afrodescendentes no país”. A iniciativa, sem fins lucrativos, apresenta, no próximo dia 15 de Julho, das 19h às 21h30, em Carnaxide, o seu primeiro evento. O encontro decorre sob o mote “Mulheres Africanas: Fortalecendo a Liderança Feminina”, e tem como convidadas Paula Cardoso, do Afrolink, e Sara Coimbra, da Villa Mangui. Garantam hoje mesmo o vosso lugar!

por Afrolink

O nome do projecto – Oniki – é derivado do cristal preto Ónix, e o seu significado pretende potenciar a condição feminina. Recém-criado por Vânia Silva, este espaço é, antes de mais, resultado das suas ‘dores de crescimento’.

“Durante a minha infância e adolescência senti uma enorme lacuna de mulheres como ‘eu’ na televisão, em cargos de destaque ou em profissões como medicina ou advocacia”, conta a agente de navegação, cada vez mais consciente da importância da representatividade.

Filha de moçambicanos nascida em Portugal há 30 anos, Vânia pretende construir com o Oniki o contexto no qual gostaria de ter crescido.

“A missão do projecto é promover o networking para mulheres africanas e afrodescendentes em Portugal”, introduz, empenhada em juntar participantes “de todos os quadrantes sociais e idades, e com actuação em qualquer área, para compartilhar suas experiências”.

O propósito ganha forma no próximo dia 15 de Julho, das 19h às 21h30, em Carnaxide, com o evento de estreia do Oniki, que decorre sob o mote “Mulheres Africanas: Fortalecendo a Liderança Feminina”.

A iniciativa, sem fins lucrativos, apresenta como primeiras convidadas Paula Cardoso, fundadora do Afrolink, e Sara Coimbra, fundadora e CEO da Villa Mangui.

Motivação e impulso para crescer 

“O nosso objectivo é construir uma rede de apoio”, aponta Vânia, explicando que a ideia do projecto surgiu no último Dia 8 de Março, a partir de uma conversa com uma amiga.

“Sentimos a necessidade de mais eventos direccionados para mulheres africanas e afrodescendentes, onde nos possamos conhecer, crescer e nos motivar mutuamente”.

Neste sentido, a rede Oniki propõe-se “impulsionar as carreiras e negócios” das suas integrantes, “além de promover o desenvolvimento pessoal e profissional das mesmas”.

A proposta está também aberta a quem ainda se esteja a preparar para a entrada no mercado de trabalho. “Mulheres que estão em busca de suporte e orientação para dar início aos seus projectos e empreendimentos”, assinala Vânia, de visão voltada para o futuro.

“Queremos tornar-nos uma referência nacional no apoio e desenvolvimento feminino, promovendo a valorização da diversidade e a construção de uma sociedade mais inclusiva”.

Os planos do Oniki passam também por “unir todos os povos africanos, reconhecendo e celebrando as nossas diversas culturas”, por exemplo através de eventos que permitam a sua expressão e valorização.

“Juntos, podemos construir uma comunidade forte e empoderada, onde cada mulher se sinta representada e inspirada”.

Com foco e concentração, características que Vânia destaca no Ónix. “É considerado um dos amuletos mais poderosos do reino mineral por equilibrar a dualidade energética”, aponta, acrescentando que a derivação para a palavra Oniki surge da tradução para o idioma africano Yoruba.

Muito mais do que uma fonte de inspiração, uma via de realização. Para conhecer presencialmente no próximo dia 15 de Julho.

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