Apoiemos a família de Ademir Moreno, assassinado num crime racista
Texto por Afrolink
Foto de capa partilhada por João Stattmiller
O assassinato de Ademir Moreno Araújo, nos Açores, veio, uma vez mais, demonstrar que o racismo continua a matar em Portugal sem causar qualquer consternação colectiva, ou sequer suscitar interesse mediático.
Não surpreende, por isso, que, cerca de três semanas depois do assassinato – sobre o qual o Afrolink escreveu neste artigo – a vida de Ademir permaneça “apagada”, como se nunca tivesse existido.
Contar a sua história é imprimir-lhe uma dimensão humana, que não favorece a narrativa instalada de que vivemos num país não racista.
Mas, então, como explicar que se continue a morrer em Portugal “apenas” por se ser negro?
Enquanto a sociedade insiste em ignorar os factos, e a sucessão de crimes racistas que continuam a ocorrer, a família de Ademir Moreno Araújo chora a sua perda, sem perceber como agir para sobreviver.
“Era o único sustento da sua família, deixando para trás uma filha de 20 anos, que enfrenta uma doença autoimune, e uma esposa que já não trabalhava, pois tinha que cuidar da filha, que agora se vê sozinha e enfrenta um futuro incerto sem o seu parceiro de vida”.
A descrição surge na campanha de recolha de fundos entretanto lançada, para ajudar a viúva e a filha. “Juntos, podemos apoiar esta família numa altura tão difícil e urgente. Cada contribuição, por mais pequena que seja, fará a diferença. Vamos unir-nos para dar conforto e apoio a esta família que tanto precisa”.
Contribua:
https://gofund.me/78049a7e