Os mapas da cidade institucional, numa visita guiada com vida de bairro

O dinamizador comunitário António Brito Guterres, cujo trabalho já demos a conhecer aqui no Afrolink, recebe-nos amanhã, 22, no Teatro do Bairro Alto, em Lisboa, para uma apresentação que nos desafia a reflectir sobre a história inscrita nos mapas da cidade. Quem faz parte? Quem fica de fora? O que isso nos diz sobre as relações que estabelecemos? De questionamento em interrogação, novas fronteiras prometem acolher novas pertenças, numa cartografia para conhecer a partir das 16h. Com acesso livre ao local, e também com transmissão online.

por Afrolink

Os mapas “propõem uma linguagem, um discurso, uma ideologia. Dizem o que existe e o que não existe e circunscrevem o possível, estabelecem o governável. Na sofisticação das suas linhas não há espaço para perguntas”.

A leitura convida-nos a uma reflexão sobre o poder contido num mapa. “Como é que um instrumento resgata ou rasura uma comunidade? Não podia ser de outra forma? O que se dá no acesso à interrogação? O que fazemos com respostas que questionam mais do que respondem? Que desenham novos mapas e desdobram territórios outros, múltiplos, nem lineares nem planos?”.

De questionamento em interrogação, o dinamizador comunitário António Brito Guterres promete conduzir-nos por novos traços cartográficos, lembrando que as omissões dos mapas são nossas, e “delas dependem vidas, territórios, decisões”. Afinal, “relação e mapa são sinónimos”.

A ‘visita-guiada’ acontece amanhã, 22, a partir das 16h, no Teatro do Bairro Alto, em Lisboa, com público no local e também online.

“Nesta apresentação, António Brito Guterres parte do território e da experiência vivida nos bairros para interrogar os mapas da cidade institucional. O desafio futuro passaria por equacionar formas possíveis de os reescrever com o conhecimento colectivo de uma comunidade”, antecipa a mensagem de divulgação do evento.

Mais do que um convite reflexão, esta é uma oportunidade para romper fronteiras, recordando que, da mesma forma que dizemos que “a história é escrita por vencedores”, também devemos reconhecer que “os mapas também o são”.

Saiba mais sobre a apresentação “Os mapas também o são” no site do Teatro do Bairro Alto

 

Acompanhe a sessão em directo